Ninguém gosta de receber a “visita” de roedores, mas os moradores do Bairro Tiradentes, em Campo Grande, já estão achando anormal o aumento dos ratos e isso está movimentando o comércio de armadilhas nas lojas de utilidades domésticas. Uma das suspeitas é que os animais chegam pelo esgoto, que começou a ser instalado na região no fim do ano passado. O empresário Rodrigo Shiguemoto, de 40 anos, mora mais próximo ao Jardim Flamboyant, chegando à Avenida Ministro João Arinos. No grupo de Whatsapp da rua dele, não se fala em outra coisa. Todos disseram ter visto os animais em casa, que saem dos telhados e que nunca tinham enfrentado esse tipo de situação “Minha esposa e eu vimos de perto na churrasqueira, mas desconfiamos que seja mais de um. Quando fui comprar a ratoeira, a vendedora me disse que toda a região está enfrentando o mesmo problema, a ponto de ter que comprar tipos diferentes de armadilhas para atender a demanda”, disse Rodrigo. Até agora, o empresário ainda não conseguiu capturar os visitantes indesejados, que conseguem comer as iscas sem serem pegos. Foi a proprietária da loja que ele comprou que confirmou o caso. A loja da Roseley de Macedo fica em frente a um residencial de apartamentos e, por lá, até as tomadas estão sendo roídas. “Eu só vendia as armadilhas tradicionais, tinha pouca saída. Do começo do ano para cá a procura aumentou cerca de 70%, tive até que investir no estoque e no tipos de ratoeiras. Os vizinhos relatam que eles sobem até pelo encanamento da máquina de lavar roupas e roem tudo, até as tampas das tomadas e canos”, detalha a vendedora. Um pouco mais próximo da Lagoa Itatiaia, a loja do Genivaldo Serpa, de 39 anos, já está com o combo pronto. As opções dependem do bolso do cliente, indo de R$ 2,50 a R$ 12. “Os clientes dizem que são daqueles pequenos e com rabo bem grande, que começaram a aparecer há uns três meses. Eles chegam aqui, brincamos com a situação no caixa, mas é uma situação que preocupa e enoja, pois transmitem doenças e incomodam. Tem cliente que apelou até para as armadilhas mais caras, porque os ratos parecem já estar imunes ao veneno tradicional”, compartilha o comerciante. No almoço do Dia das Mães, foi a família do Luiz Martins, de 87 anos, que se deparou com um camundongo e precisaram se empenhar para matar. “Estávamos todos na área da churrasqueira quando um passou por nós. Tentamos matar, mas fugiu”, conta o aposentado, enquanto a esposa sussurra da varanda que foram necessários “quatro homens para pegar e ainda o rato fugiu”. Outras pagas - Já o segurança Fábio Rocha, de 38 anos, ainda não teve o desprazer de encontrar ratos na sua casa, mas percebeu o aumento de baratas e moscas depois que o esgoto começou a entupir. “As pessoas jogam gordura animal e óleo no esgoto, aquilo endurece e entope toda a rede. É frequente a visita da manutenção para resolver a situação e, desde então, minha casa fica infestada de baratas e moscas. Compramos uns produtos de limpeza mais fortes que, no dia seguinte, só achamos elas mortas no quintal”, relata. Direto das ruas - A imagem chegou pelo Direto das Ruas , o canal de interação dos leitores com o Campo Grande News . Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563 . Clique aqui e envie agora uma sugestão. Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o celular na posição horizontal. Receba as principais notícias pelo celular. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .