Depois dos erros apontados nas provas de vestibulares elaboradas pela Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), a instituição irá contratar mais dois corretores para pente-fino nas questões após a diagramação dos cadernos. Hoje, essa vistoria é feita antes dessa etapa. A mudança será válida para as próximas provas a serem elaboradas pela Fapec em 2024, segundo informações da diretora-presidente da instituição, Nilde Brum. A medida tem como objetivo evitar que erros grosseiros passem e cheguem às mãos dos estudantes, reclamação que ganhou força após divulgação de problemas em questões a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em prova realizada no dia 26 de novembro, problema mostrado pelo Campo Grande News . Em entrevista, Nilde explicou como as provas são elaboradas: a Fapec escolhe dois professores de cada área, convocados de universidades públicas. Cada um é responsável pela elaboração do dobro de questão que serão usadas na prova. Por exemplo, se forem usadas 5, cada profissional deve entregar 10 e, assim, a Fapec tem à disposição 20 no total, por área. Uma equipe técnica analisa as questões, escolhe 5 e monta a prova. Nessa fase, passa por dois corretores. Até agora, era a única correção feita no processo, antes da diagramação. A partir de 2025, a vistoria também vai ser feita após estruturação da prova. Depois disso, segue o rito já previsto na elaboração das provas da Fapec, sendo levada a um “bunker”, colocada em cofre em que apenas três pessoas têm acesso ao material, porém, já lacrado. Recursos – A superintendente do núcleo de processo seletivo da Fapec, Juliana Oliveria, disse que o gabarito definitivo da polêmica prova da Uems e do vestibular da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), este, no dia 3 de dezembro, será publicado no dia 22. Na mesma data, também serão publicados os resultados dos recursos dos candidatos dos vestibulares. Pela Uems, foram apresentados 506 recursos de 120 candidatos de total de 6.481 inscritos que fizeram a prova. Na UFMS, foram 979 recursos de 282 candidatos, de total de 12,5 mil presentes. Esses recursos serão enviados ao professor responsável pela questão, que faz análise e apresenta defesa, caso não concorde. Uma equipe técnica irá fazer julgamento final sobre a validade ou não da questão. “A questão sempre é anulada quando afeta o coletivo”, afirmou Nilde. “Preferimos anular a questão do que manter a questão que possa trazer prejuízo aos candidatos, o que importa é o resultado final beneficiando aqueles que fizeram a prova”, disse. Caso a questão seja anulada, segundo a diretora, o professor não participa mais da elaboração de provas. Desleixo – No vestibular da Uems do dia 26 de novembro, ainda nas instruções da prova, o item 3 pede que o aluno verifique se no caderno há 60 questões, mas ao mesmo tempo, entre parênteses e por extenso, destaca 40. Na sequência, é possível identificar a última alternativa de uma questão no enunciado da pergunta seguinte. Depois que os erros foram divulgados, pré-vestibulandos e professores de vários cursinhos fizeram protesto na Câmara Municipal de Campo Grande. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .
