Os incêndios que atingem o Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já consumiram 8,46 % da vegetação total do bioma, de 1º de janeiro deste ano até esta quinta-feira, 23 de novembro. Setembro, outubro e este mês são os mais críticos em relação à quantidade de focos. O percentual de quase 8,5% corresponde a 1.277.825 de hectares da área total. É maior em comparação ao ano passado inteiro, quando 2% foram queimados. Já em relação a 2020, marco histórico de destruição do bioma, está menor: foram 30% perdidos apenas naquele ano. Os dados são do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). As chuvas desta semana ajudaram a conter o fogo. Ontem, ressurgiram labaredas altas na região de Paiaguás do bioma, mas a água veio novamente na hora certa. "A notícia é muito boa, choveu agora além da Serra do Amolar, no Paiaguás, e [houve] extinção dos focos. As imagens de ontem eram assustadoras, mas choveu a noite toda e agora a gente está desmobilizando a Brigada Alto Pantanal, que foi para apoiar as fazendas e o PrevFogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama", conta o presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, que atua no combate aos incêndios no bioma. Quanto a Mato Grosso, nota oficial do Corpo de Bombeiros do estado informou que, até ontem, havia ações preventivas, com apoio de aviões, helicóptero, 11 barcos, 16 viaturas, três caminhões-pipa e três máquinas para a construção de aceiros e abertura de estradas em oito pontos ainda monitorados. Mais atingidas - Ainda de acordo com os dados do Lasa, as áreas mais atingidas pelo fogo este ano são as Reservas Particulares do Patrimônio Natural das fazendas Estância Dorochê (MT) e Poleiro Grande (MS). Em 3º, está a Terra Indígena Tereza Cristina (MT) e em 4º, está o Parque Estadual Rio Negro (MS). Em 5º vem o Parque Estadual Encontro das Águas (MT). Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .