Edimar Louveira Areco, de 37 anos, adora dançar e pra ele não existe tempo ruim que o impeça de ir ao baile. Na cadeira de rodas, Edimar celebrou os mais de 60 dias internado fazendo o que sabe de melhor. “Achei que nunca mais ia dançar, mas consegui”, comemora. Em 2017, Edimar passou por cirurgia após complicações na diabetes. Na época, a equipe médica amputou a perna direita dele na altura do quadril. Neste ano, ele voltou para o hospital onde ficou mais de dois meses internado. Ainda se recuperando das queimaduras de terceiro grau que sofreu no braço esquerdo, ele conta que comemorou os quase 30 dias de alta hospitalar voltando para o baile. No domingo (6), ele foi gravado se divertindo com uma amiga de longa data. Veja o vídeo: Ele relata que por um momento acreditou que não conseguiria dançar, mas o evento no fim de semana provou o contrário. Apesar de não ter voltado com o mesmo fôlego de antes, ele se diz grato. “Agora na cirurgia do braço foi mais complicado, achei que não voltava, mas ontem foi o primeiro baile que dancei de novo. Eu costumava dançar o baile todo sem cansar e agora não, mas graças a Deus eu consegui”, afirma. Ao Lado B , o baileiro comenta que aprendeu a dançar aos 17 anos com a ajuda de amigos. Natural de Bela Vista, ele se mudou para Campo Grande na adolescência quando descobriu outra forma de dançar. “Lá nunca dançamos dessa forma que gostavam aqui. Eu aprendi mais por insistência porque todo mundo que chegava dançava dessa forma, então era aquela coisa ou você aprendia a dançar assim ou não dançava”, diz. Companhia na hora de dançar não falta para Edmar que, às vezes, precisa recusar um convite o outro. O motivo, segundo ele, é para garantir a segurança já que nem todos estão habituados com a cadeira. “Muitas pessoas me chamam pra dançar, mas não tem condições porque podem tropeçar na cadeira, cair”, fala. Fã de chamamé e vanerão, Edimar mostra todo o gingado na cadeira de rodas. Apesar da cadeira não estar nas melhores condições, ele faz o que pode para não faltar a ‘terapia’, que são os bailes de sábados e domingos. “É o que a cadeira possibilita. É uma cadeira bem velha, mas se for para comprar a quero, hoje, é muito cara. Se tiver alguém que consiga uma cadeira de rodas dessas boas, toda ajuda é bem-vinda para eu poder estar dando continuidade no que gosto de fazer”, diz. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News . Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) .