A falta de iluminação pública no viaduto da Avenida Mascarenhas de Morais, em Campo Grande, se arrasta há anos e afeta a rotina de moradores e trabalhadores de bairros populosos da região. O trecho escuro concentra relatos de medo, acidentes e sensação de abandono pelo poder público. Moradores afirmam que a iluminação funciona de forma irregular e nunca se mantém por muito tempo. “Eles consertam uma luz, fica uma semana e apaga tudo de novo. Isso acontece há mais de um ano, sempre do mesmo jeito”, relata a moradora Gisleide Brandão Batista, de 42 anos. Segundo ela, o problema interfere diretamente na rotina da família. “Meus filhos estudam aqui perto e saem à noite. A gente passa com medo, porque fica muito perigoso. Não tem outra opção de caminho”, diz. A moradora vive na região desde a infância e afirma que a situação piorou nos últimos anos. Quem trabalha nas proximidades do viaduto também relata insegurança constante. O frentista César Pinheiro, de 55 anos, afirma que a iluminação não funciona há cerca de cinco anos. “É tudo muito escuro. As pessoas evitam passar por aqui, principalmente à noite. O medo é grande”, afirma. Além da falta de luz, César aponta risco frequente de acidentes. “Essa avenida passa gente de vários bairros. Quando chove, alaga tudo e ninguém enxerga nada. Já vi muitos acidentes aqui”, relata. Segundo ele, animais também atravessam o trecho escuro, o que aumenta o risco de colisões. O frentista também critica a situação da rotatória da Avenida Mascarenhas de Morais com a Rua 14 de Julho. “Todo dia tem problema. Pneus furam, rodas quebram, carros se chocam. Falta semáforo e organização do trânsito”, diz. A região concentra grande fluxo de veículos e liga bairros como São Francisco, Monte Castelo, Segredo e parte do Grande Nova Lima. Moradores afirmam que o viaduto é uma das principais ligações da área e não oferece segurança mínima no período noturno. A iluminação pública é responsabilidade da prefeitura, que cuida da instalação, manutenção e ampliação dos pontos de luz. A reportagem procurou a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Em nota, a concessionária Energisa informou que a manutenção da iluminação pública depende de solicitação do poder público municipal.
