Após quase uma década de luta, os psicólogos da Prefeitura de Campo Grande viram sua reivindicação pela regulamentação da carga horária de 30 horas semanais ser sancionada pela prefeita Adriane Lopes (PP). A promulgação da lei complementar 922/2024, aprovada na Câmara Municipal no fim de abril, representa um marco para a categoria, que agora terá a oportunidade de cumprir sua jornada de trabalho em seis horas diárias, de forma ininterrupta. O ato de assinatura, que aconteceu nesta sexta-feira (10), contou com a presença de dezenas de profissionais e do CRP-MS (Conselho Regional de Psicologia de MS). O presidente do CRP-MS, Walkes Jacques Vargas, expressou sua satisfação em presenciar o ato após anos de reivindicação. “É um momento de muita alegria, de celebração, de fazer memória dessa luta da categoria. É uma luta nacional de muitos anos e aqui no município não foi diferente, já que a categoria que atua no serviço público municipal vinha tentando essa conquista. Agora a gente finalmente obtém essa vitória, um direito por força de lei”, comemorou. Após a assinatura, a prefeita enfatizou o compromisso da gestão com o bem-estar dos servidores. "Esse é um passo, fruto do que iniciamos lá atrás quando assumi a gestão. Procurei as categorias, os representantes e pedi que me mostrassem a realidade dos servidores. Hoje avançamos com as 30 horas e nosso trabalho segue nessa linha de construções”, disse Adriane. A psicóloga Marilene Kovalski, ex-presidente do CRP-MS, destacou a importância da redução da jornada de trabalho para garantir o cuidado adequado dos profissionais. “Com esse tempo reduzido de trabalho, garantimos a necessidade de cuidar de quem cuida. Para que esses profissionais possam fazer um trabalho de qualidade, mas que tenham um tempo para o descanso, um tempo para se especializar, um tempo para melhorar até a sua condição de atender. Quem cuida precisa estar bem para poder cuidar do outro.” Bethânia Porto, psicóloga da Secretaria de Assistência Social há seis anos, ressaltou os benefícios da nova carga horária: "A regulamentação traz a segurança que precisávamos, sem contar que houve um estudo que mostrou que as 30 horas eram mais produtivas, mais efetivas e trazem qualidade de vida aos profissionais", comentou.