As reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante estão produzindo absorventes para serem entregues às alunas da Rede Pública de Ensino, além das mulheres que estão no presídio também receber. A produção mensal é de, aproximadamente, 3 mil absorventes. O projeto teve início há 9 meses e desde então já foi confeccionado em torno de 25 mil absorventes, distribuídos nas oito escolas municipais da cidade, para alunas do 7° ao 9° ano, e também para as 120 mulheres que estão no presídio. A ação envolveu a criação do “Setor de Confecção de Absorventes Descartáveis” e a capacitação de internas para atuarem especificamente na produção. Desta forma, as presidiárias tem oportunidade no mercado de trabalho e gera renda. Segundo a assistente social da Secretaria Municipal de Educação de Rio Brilhante, Ana Paula Piana, muitas alunas quando estão no período menstrual deixam de ir para a escola por não terem absorventes. “Muitas meninas, quando ficam menstruadas, deixam de frequentar a aula por não terem acesso ao absorvente. É muito importante e uma segurança para elas. Mudou muito a vida das alunas e garante o acesso delas à escola”, afirmou. A diretora em substituição do presídio, Luciana Freitag, explicou que o trabalho é muito atrativo para elas, porque além da remuneração, a cada três dias de trabalho é diminuído um dia na pena. Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a falta de condições para comprar absorventes é um dos desafios para o combate à pobreza menstrual no Brasil. A estimativa é que uma a cada quatro meninas faltam à escola enquanto está menstruada.