Lula pediu que o povo se una em mutirão contra a desigualdade
Em seu discurso de posse, presidente eleito Lula (PT) afirmou que o governo do ex-presidente Bolsonaro (PL) promoveu tentativa de genocídio no Brasil, com desmonte de políticas públicas e omissão frente a pandemia de Covid-19. Apesar das críticas, reafirmou o compromisso de união, de superação das diferenças políticas e do ódio ao diferente em função do amor comum pelo Brasil.
“Vou governar para todos e todas, não apenas para quem votou em mim. Para o futuro comum e não pelo retrovisor do passado de divisão. A ninguém interessa as famílias vivendo em desarmonia, é hora de reatar os laços rompidos pelo discurso de ódio e disseminação de mentiras. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz. A disputa eleitoral acabou”.
Lula chorou ao falar sobre a pobreza e lembrou de seu primeiro compromisso assumido como presidente da República, ainda em 01 de janeiro de 2003. “Recuperar a autoestima do povo brasileiro e lutar contra a desigualdade e extrema pobreza – isso nós fizemos. Infelizmente, hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que consideramos encerrado. A desigualdade e extrema pobreza e a fome voltou a crescer. A fome é o crime mais grave de todos cometido contra o povo brasileiro e que atrasa o desenvolvimento do Brasil.”
Reforçou também a luta contra a desigualdade racial e a defesa dos povos indígenas. “Diversidade não é obstáculo ao desenvolvimento, é parte fundamental de nossa grandeza enquanto nação, por isso criamos o Ministério dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial, para combater os 500 anos de desigualdade”. Falou ainda contra a violência sofrida pelas mulheres e sobre a volta do Ministério das Mulheres.
