"Não possuem fundamento legal ou moral”, diz trecho da decisão
Uma decisão judicial nomeou um candidato branco a vaga de um candidato negro para a vaga de professor na Universidade Federal de Goiás (UFG). Após a interferência, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a revogação da decisão.
Segundo o procurador Marcello Santiago Wolff, a justificativa utilizada pela defesa do candidato nomeado, Rodrigo Gabrioti, de 40 anos, “não possuem fundamento legal ou moral”.
Em 8 de setembro, o juiz federal Urbano Leal Berquó Neto suspendeu o ato que determinava reserva de vagas para cotas em concurso público para o cargo de docente da UFG. Como o concurso público já havia sido realizado e a candidata negra aprovada para a vaga reservada já havia sido nomeada, o juiz determinou o cancelamento da posse e, também, que a vaga fosse preenchida pelo candidato branco, aprovado em primeiro lugar. A vaga, era uma das 15 oferecidas no concurso para professor de diversas áreas, ocorrido em março desde ano, e era destinada exclusivamente a candidatos negros.
O candidato branco que concorreu, mas não conquistou a posição, questionou o edital na justiça. A argumentação da defesa do candidato branco, afirma que o concurso não deveria ser considerado de 15 vagas mas, sim, uma vaga, já que o candidato tinha que escolher uma das áreas para se candidatar.
Entretanto, o MPF interviu pedindo a anulação da decisão do juiz, que deu posse ao candidato branco na vaga do cotista negro .