Terreno com área de 17 hectares, localizado em Goiânia, pertencia ao governo federal
Eduardo Marques e Giselle Vanessa Carvalho
O governador Ronaldo Caiado (UB) viabilizou de forma definitiva a doação de um terreno da União para construção do Complexo Hospitalar Oncológico, em Goiânia. Tendo como referência o Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, a unidade deve contar com alas de internação, ambulatório, recuperação, quimioterapia, radioterapia, cirurgia, tecnologia em robótica, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e um amplo setor para abrigar familiares de pacientes oncológicos que estiverem em tratamento e cujas residências sejam nos municípios do interior de Goiás. Os acertos finais ocorreram junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) durante agenda nesta quarta-feira, 29, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na ocasião, foi assinado ato de doação da propriedade onde será construído o complexo. O local inicialmente pertencia à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Depois, a área esteve sob domínio da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), do Ministério da Economia. Agora, pertence efetivamente ao Governo de Goiás. As tratativas sobre a cessão do terreno e para sanar entraves burocráticos que dificultavam a execução do projeto foram iniciadas neste mês de junho junto ao Ministério da Economia. No início do mês o governador esteve com o Secretário Adjunto de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Mauro Benedito de Santana Filho, em Brasília. Na ocasião, o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou positivamente à doação da área de 17 hectares. “Não existe coisa mais nobre do que essa. Como a gente vai negar? Está decidido”, afirmou.
A unidade, que será referência em tratamento oncológico no Estado, será construída na BR-153, no Residencial Barravento, em Goiânia, próxima à Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO), na área de 136,4 mil metros quadrados doada pelo Governo Federal. Além do apoio da União, a viabilização do complexo contou com parceria com a Prefeitura de Goiânia e com a Câmara Municipal da Capital goiana. O legislativo aprovou em regime de urgência, no início deste mês, projeto do Executivo que isentou o poder público estadual do pagamento da Taxa de Aprovação de Desmembramento da área destinada à construção do Complexo Hospitalar Oncológico. O tributo estava fixado em R$ 269 mil.
O governador reconheceu o trabalho dos vereadores de Goiânia para avanço no projeto, com isenção das taxas. “A Câmara Municipal de Goiânia exerceu um papel importante para acelerarmos essa etapa burocrática, demonstrando sensibilidade com a saúde do povo goiano”, avalia Caiado. “É um hospital que sempre foi o meu sonho”, diz . “Trata-se de algo inédito que vai garantir atendimento e tratamento médico-hospitalar de qualidade para crianças, mulheres, idosos e pacientes em geral, que poderão contar com um espaço humanizado e adequado com os melhores padrões internacionais na área da saúde”, acrescenta o governador.
Segundo ele, o complexo vai consolidar a rede estadual de tratamento oncológico, iniciada com a implantação de uma ala no Hospital Estadual do Centro-Norte (HCN), em Uruaçu. “Goiás não tinha atendimento em oncologia na rede pública estadual e vamos corrigir isso”, garante o governador. A construção do complexo faz parte de uma ampla reformulação da assistência em Saúde em Goiás, iniciada com a regionalização da rede estadual, com abertura de policlínicas e hospitais regionais. “Vai ser algo que vai mudar o perfil da Saúde no Estado de Goiás”, sublinha o líder do Executivo.
Conforme dados da Secretaria de Saúde, o HCN conta com 36 leitos de internação, capacidade para realização de cirurgias e 22 poltronas para a realização de até 750 sessões de quimioterapia mensalmente. A unidade recebe demanda clínica e cirúrgica, com estrutura de centro cirúrgico e UTI’s. O atendimento prevê clínica e cirurgia oncológica do aparelho digestivo, urologia, proctologia, dermatologia, pneumologia e ainda, serviço de quimioterapia. A regulação é de responsabilidade do Complexo Regulador Estadual (CRE).
Também está em fase de implantação a unidade de transplantes do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), que contará com estrutura moderna em uma área de 644 m², e terá um total de 32 leitos, sendo seis exclusivos para transplante de medula óssea. Após a inauguração, e credenciamento do novo serviço pelo Ministério da Saúde, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG terá a capacidade de realizar no mínimo seis transplantes por mês (transplante autólogo), além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes por mês.
A ação também foi destacada pelo secretário de Saúde, Sandro Rodrigues, que considera fundamental a ampliação do atendimento em oncologia no Estado. “Organizamos o HCN para atender 91 internações e 65 cirurgias oncológicas por mês, com possibilidade de realizar até 700 sessões de quimioterapia mensalmente. Tudo será instalado para atender a demanda clínica e cirúrgica, com estrutura de centro cirúrgico e UTIs ”, explica o secretário.
Agora, o governador espera contar agora com apoio de deputados e senadores para agilizar o projeto, por meio da destinação de emendas. “Que destinem verba para que a gente possa, o mais rápido possível, tratar crianças de Goiás e todo Brasil, que venham a ser acometidas por esse mal”, pede. “É uma luta de longa data pela busca de um local que pudesse receber uma estrutura capaz de atender pacientes de oncologia infantil. Espero que essa obra se inicie rapidamente”, projeta.
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