Divergências entre a direita liberal e a esquerda fizeram com que protestos do dia 12 fracassassem, em comparação aos atos governistas do 7 de Setembro
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Divergências entre a direita liberal e a esquerda fizeram com que protestos do dia 12 fracassassem, em comparação aos atos governistas do 7 de Setembro
Em diversas capitais do país foi realizado ato pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). Entretanto, o Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua (VPR), movimentos ligados à direita liberal que organizaram a manifestação, foram frustrados em razão de divergências partidárias e ideológicas com a esquerda opositora ao presidente.
O racha fez com que o número de participantes fosse esvaziado. Os protestos que começaram na manhã deste domingo, 12, reuniram menos pessoas do que a marcha pró-governo do 7 de setembro. A primeira análise indica que os atos passaram longe da expectativa – ou seja, “floparam”, para usar uma palavra da moda.
Foram previstas passeatas em 15 capitais, com foco especial dos mobilizadores para as cidades que tiveram grandes multidões na terça-feira passada, com as manifestações bolsonaristas do 7 de Setembro, que incluíram bandeiras antidemocráticas e discursos autoritários de Bolsonaro.
Na capital goiana, o ato começou por volta das 15h em frente à sede da Polícia Federal. Manifestação foi organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Movimento Vem Pra Rua. Os manifestantes partiram às 16 horas em direção ao Setor Bela Vista com cartazes e carro de som. A mote do protesto foi a terceira via – nem Lula nem Bolsonaro. A Polícia Militar acompanha o grupo, mas ainda não tem dados sobre a quantidade de participantes presentes.
No Distrito Federal, ato ocorreu na Esplanada dos Ministérios com aproximadamente 700 participantes no momento de maior movimento. Entretanto, imagens compartilhadas nas redes sociais às 15 horas já revelavam a Esplanada esvaziada. Influenciadores bolsonaristas compartilharam vídeos no local exibindo a baixa adesão dos opositores ao governo.
Reportagem do portal UOL apurou que vendedores ambulantes ficaram decepcionados com as parcas vendas e matéria do portal R7 mostrou que boa parte oposição ao governo não compareceu aos atos por conta do receio de ser associado à direita liberal do MBL.
Na Avenida Paulista, protestos contaram com a participação de políticos ligados ao MBL, como Arthur do Val (PATRI-SP), Fernando Holiday (NOVO-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP), além de alguns representantes da esquerda, como Ciro Gomes (PDT-CE). Os políticos discursaram e exibiram cartazes em prol da terceira via. Não há informações sobre o número de participantes, mas o protesto ocupou cerca de meio quarteirão em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Em Belo Horizonte, o protesto se iniciou na Praça da Liberdade por volta das 10 horas. Imagens compartilhadas pelo MBL nas redes sociais mostram o público vestido majoritariamente de branco, como o pedido pelos organizadores, no intuito de evitar a contraposição entre o vermelho associado à esquerda e o verde e amarelo das manifestações bolsonaristas.
A capital fluminense reuniu a maior quantidade de pessoas, depois de São Paulo. Nas imagens publicadas, pode-se perceber a presença de bandeiras e faixas de movimentos do MBL, bem como da União da Juventude Socialista (UJS).
A aglomeração ocorreu na orla da praia da Copacabana, na zona sul. Membros do PDT, UJS e das direitas liberais discursaram em favor da união e pregaram o fim das divergências ideológicas momentaneamente, até a derrota do presidente Jair Bolsonaro. O mote “Nem Lula, nem Bolsonaro” também esteve estampado em camisas e cartazes.
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