Retomada em março deste ano, a obra da Ponte Bioceânica, que ligará o Brasil ao Paraguai, conectando a cidade sul-mato-grossense de Porto Murtinho à paraguaia Carmello Peralta, está com 51% da construção concluída. No lado brasileiro, a obra do principal pilar avançou e a previsão é que as vigas para o assoalho de concreto que compõem o viaduto sejam assentadas nas próximas semanas. O Consórcio PYBRA, formado pelas empresas Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade, é responsável pela construção da ponte, e tem equipes trabalhando até no período noturno. Segundo o MOPC (Ministério das Obras Públicas e Comunicações) materiais como cabos e tirante para a estrutura estaiada já foram adquiridos. No final do ano passado, a obra foi alvo de ação da Receita para investigar se os trâmites aduaneiros estavam conforme a legislação para a regularidade da passagem de produtos na região ou havia sonegação de tributos. A ação da Receita acabou paralisando o andamento da obra por três meses. Picada 500 – Obras de pavimentação da Rota PY15, conhecida como Picada 500 devem comerçar nas próximas semanas. O trecho tem é considerado mais crítico da estrada no lado paraguaio, tem 224 quilômetros e liga a cidade de Marechal Estigarriba e o município de Pozo Hondo, no departamento de Boquerón. Serão investidos R$ 354 milhões dólares e a execução da obra será realizada por quatro empresas vencedoras da licitação, cada uma responsável por um lote de cerca de 55 quilômetros. No Paraguai, o corredor terá uma extensão de 600 quilômetros e já tem 60% da pavimentação concluída. Rota Bioceânica – A ponte sobre o Rio Paraguai será ligação do corredor que promete encurtar em quase 10 mil quilômetros o trajeto de mercadorias brasileiras rumo à Ásia, que hoje precisam partir pelo Oceano Atlântico, atravessar o Canal do Panamá para acessar o Pacífico, o que será possível pela Rota através do Chile. A Rota é vista também como importante fator de ligação dos países envolvidos e o turismo. Com 1.294 metros de extensão, a Ponte é dividida em três trechos. Dois constituirão os viadutos de acesso em ambas as margens do rio e uma corresponderá à parte estaiada, medindo 632 metros, com vão central de 350 metros. A obra será viabilizada pela União e terá o investimento de R$ 472,4 milhões. *Colaborou Toninho Ruiz Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .