Na periferia de Campo Grande um movimento cultural tem ganhando força, unindo a paixão pelo hip hop e a arte das bicicletas personalizadas. Liderado por Nelson Marques, o Vadios67 é mais do que um simples grupo de pedaladas de fim de semana - é uma comunidade que busca celebrar e fortalecer a cultura urbana em todas as suas formas. No último feriado, Dia do Trabalhador, eles contaram um pouco sobre a história do grupo que tem unido a turma todos os fins de semana. Origens do movimento Nelson é o visionário por trás do grupo, inicialmente formado por entusiastas de break dance, evoluiu para incluir a cena do "low bike". As low bikes são modelos de bicicleta personalizados, conhecidos por suas pinturas vibrantes, cores vivas e quadros rebaixados. Originárias da cultura lowrider, essas bicicletas são curiosas e o resolveu levá-las para as ruas de Campo Grande e conquistar a meninada nos bairros Desde sua fundação em 2011, o grupo tem crescido e evoluído, atraindo membros não apenas de Campo Grande, mas também de outros estados, como o Paraná, onde Dom Wayne, um encanador de 24 anos, encontrou sua tribo. A paixão pela cultura do lowrider e pelo hip hop serve como elo comum que une a turma. "Nos reunimos todo final de semana pra dar role de bike" A cultura do lowrider e do hip hop Para Nelson, a bicicleta não é apenas um meio de transporte, mas sim um símbolo e uma extensão da cultura hip hop. Ele destaca que, assim como o break dance, o rap e o grafite, a low bike é mais um dos quatro elementos essenciais do hip hop. Além das pedaladas de fim de semana, o Vadios67 abraça outros aspectos da cultura urbana, com membros que são tatuadores, grafiteiros e b-boys, formando uma comunidade diversificada. E a b bicicleta lowrider é também expressão de identidade e criatividade. Com um custo inicial que pode chegar a cinco mil reais, com peças muitas vezes importadas para garantir a autenticidade e o estilo de cada uma, Nelson ainda quer incrementar mais. Para Luis Reinaldo, 38 anos, membro fundador do grupo e dessossador de profissão, o grupo é uma forma de reunir a periferia e fortalecer a arte e a música que definem suas vidas. "A gente encontra na bike algo que nos conecta e a gente faz o role acontecer", finaliza.
