Mesmo com câmera de segurança flagrando um professor, de 51 anos, abusando sexualmente de uma aluna, de 14, em sala de aula do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), o suspeito foi solto pela Justiça após passar por audiência de custódia. O caso ocorreu no campus de Aquidauana, a 135 km de Campo Grande. Segundo a delegada Isabelle Sentinello, da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Aquidauana, o suspeito foi ouvido e negou o crime. Contudo, após ver as imagens da câmera de segurança, ficou em silêncio. O professor foi encaminhado para audiência de custódia após a prisão em flagrante, em que teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Foram impostas medidas cautelares para a soltura. Apesar de o boletim de ocorrência ter sido registrado pela Polícia Militar, inicialmente como estupro e importunação sexual, no dia 27 de abril, a delegada explicou que a vítima tem 14 anos completos, sendo então o suspeito indiciado pelo crime de importunação sexual. O caso - Conforme informações da Polícia Militar, a diretora contou que a aluna procurou a psicóloga da instituição e, bastante nervosa, relatou o ocorrido. Segundo a vítima, o professor, que também é militar do Exército Brasileiro, pediu para que ela ficasse após o término da prova por conta de um erro na atividade realizada. Durante a conversa, ele se colocou atrás da cadeira da vítima e começou a acariciá-la nos braços e ombros. Em determinado momento, ainda fazendo "carícias", fez perguntas como: "qual o tamanho do seu sutiã?" e "você gosta da sua boca?". Após, segundo a ocorrência policial, passou as mãos nas pernas e virilha da vítima. Também apalpou os seios dela. Ao ouvir o relato, a psicóloga procurou a diretora do IFMS para relatar os fatos. Ao analisarem imagens das câmeras de segurança da sala, confirmaram a denúncia da aluna e então acionaram a polícia. O professor foi levado pela Polícia Militar para a delegacia de Polícia Civil. Em nota, o IFMS informou que a direção da unidade tomou conhecimento do fato, acolheu a estudante e os familiares, além de acionar a PM e a Comissão Permanente para Prevenção e Enfrentamento dos Assédios moral e Sexual do campus. Também disse que o professor em questão foi contratado por meio de processo seletivo e foi afastado das atividades.
