Faz uns anos, recebi o convite para escrever um filme e não sabia quanto cobrar. Perguntei pro
João Emanuel Carneiro, autor de "Central do Brasil",
"Avenida Brasil" e outras obras-primas não terminadas em "Brasil". João me sugeriu um valor estratosférico. "João, cê tá louco?! É muito." "Antonio, cobra o máximo que você conseguir, porque depois desse dinheiro você não vai receber deles nem convite pra estreia." Ele tinha razão. Não recebi nem convite pra estreia, nem o valor que eu pedi -uma fração ínfima do que me foi sugerido. Eis um bom retrato da moral que os roteiristas têm na indústria cinematográfica.
Leia mais (01/20/2024 - 14h34)