O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta quarta-feira, em São Paulo, que está em negociação com o Exército para produção de repelente para ser distribuído para mulheres grávidas.
— Nós sabemos que houve grande consumo de repelente. Estamos em contato com o laboratório do Exército, que fabrica normalmente esses repelentes para suas tropas. Entramos em contato e vamos estabelecer uma parceria — declarou.
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Castro informou que os repelentes serão distribuídos somente para mulheres grávidas do país, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o vírus zika ainda não circula.
— Estamos dando atenção especial às gestantes e às mulheres em período fértil. É o nosso grande foco. É drama humano, de dimensões extraordinárias, uma mulher grávida saber que foi picada por um mosquito. Ela vai entrar, seguramente, em pânico, porque sabe das consequências que isso poderá trazer para o seu filho — afirmou Castro.
O ministro destacou também a atenção à Região Nordeste, onde estão registrados o maior número de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na terça-feira, mostra que são 1.761 casos suspeitos em 422 municípios brasileiros, sendo que Pernambuco permanece como o estado com o maior número de casos (804).
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O ministro reforçou a necessidade de as mulheres, além de usarem repelente, priorizarem roupas que deixam o corpo encoberto e, se possível, colocar tela nos apartamentos.