O presidente Nicolás Maduro advertiu nesta quarta-feira que a Venezuela viverá uma convulsão social se o projeto revolucionário não sair do "atoleiro", após a esmagadora derrota para a oposição nas eleições parlamentares.
"Ou saímos deste atoleiro pelo caminho da revolução ou a Venezuela vai entrar em um grande conflito que afetará toda a região latino-americana e caribenha", disse Maduro para centenas de partidários reunidos diante do Palácio de Miraflores.
O presidente reafirmou que o chavismo foi derrotado pela "guerra econômica" - que atribui à oposição e à empresários - e também pelos seus "próprios erros, pela burocracia e pela corrupção que envolveram as políticas revolucionárias".
Maduro garantiu que não se renderá e que combaterá ao lado das bases do partido, e reafirmou que na Venezuela não houve uma vitória da oposição, e sim uma vitória circunstancial de uma "contrarrevolução fascista sem respeitar as regras do jogo".
"Estou armando uma estratégia com o apoio das assembleias populares. Convocando ao debate revolucionário crítico, autocrítico. Estou disposto a liderar uma revolução radical", afirmou Maduro, prometendo "não entregar a revolução".
A oposição de centro-direta obteve 112 cadeiras contra 55 do oficialismo socialista na eleição de domingo passado, assumindo o controle total do Parlamento de 167 deputados, cuja legislatura se inicia em 5 de janeiro.
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