A Polícia Civil trabalha prioritariamente com a hipótese de acidente para explicar a morte do estudante de medicina Fernando Zucuni Furlan, 22 anos, encontrado no fundo de uma piscina ao final de uma festa de confraternização em Porto Alegre. Para confirmar as causas da morte, porém, a investigação aguarda o resultado da necropsia e de exames toxicológicos. O jovem foi um dos organizadores do evento.
Segundo informações da 6ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Furlan não tinha nenhum desentendimento com colegas e não havia sido identificado, até o momento, nenhum tipo de conflito durante a festa que pudesse sugerir um crime intencional. A investigação apurou que cerca de 50 alunos da Medicina da PUCRS participavam do encontro realizado na casa de um colega de turma do 3º ano de curso — esse colega é filho de um professor da PUCRS, mas que não lecionava para a turma da vítima.
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Os estudantes teriam realizado uma prova na universidade e, depois disso, por volta das 16h, se dirigido à casa localizada na Rua Coroados, Vila Assunção, para a confraternização de final de ano. Furlan ajudou ajudou a organizar a festa. Ele havia sido recém-eleito presidente do Diretório Acadêmico Garcia do Prado e cumpriria mandato como líder estudantil até 2016. Era apontado por colegas como um aluno dedicado e inteligente.
Conforme testemunhas disseram à polícia, havia consumo de álcool no local, e o entorno da piscina estava escorregadio. Por volta das 23h, colegas perceberam um corpo no fundo da piscina. Quando Furlan foi retirado, alguns estudantes tentaram reanimá-lo, enquanto outros ligavam para o Samu. Quando os paramédicos chegaram, constataram a morte do aluno.
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Uma das hipóteses cogitadas pela titular da 6ª DHPP, Elisa Souza, é que o jovem tenha perdido o equilíbrio, batido a cabeça e caído na piscina.
— Como estava chovendo, ele pode ter escorregado, mas ainda é muito cedo para afirmar — afirmou Elisa à Rádio Gaúcha.
A perícia fornecerá informações como o momento em que o estudante morreu — se foi por afogamento ou se já estava morto quando caiu na água. O exame toxicológico indicará se o jovem havia consumido álcool ou outras substâncias — esse tipo de exame costuma ser solicitado em casos semelhantes.