Uma megaoperação contra uma quadrilha especializada em jogos de azar mobilizou 60 policiais civis na manhã desta quinta-feira, 9, em Aparecida de Goiânia. O bando, segundo a Polícia Civil (PC), é responsável por movimentar mais de R$ 20 milhões por meio de máquinas caça-níqueis na Região Metropolitana de Goiânia.
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Ao todo, são cumpridos 38 medidas cautelares, sendo nove mandados de buscas domiciliares, sete prisões temporárias, sequestro de 21 veículos, além do bloqueio de contas bancárias. As investigações tiveram início em meados de 2024, quando duas máquinas de jogos ilegais – tipo caça-níqueis – foram apreendidas em um estabelecimento comercial.
Na ocasião, o proprietário do local apresentou documentos e contratos de uma empresa de jogos, incluindo cópias de notas fiscais dos equipamentos e cópia de um documento oficial fraudado da Polícia Civil, a fim de comprovar a suposta legalidade da prática.
No decorrer do ano, a corporação verificou que houve a apreensão de cerca de 100 máquinas caça-níqueis na capital e cidades da Região Metropolitana em situações similares, o que levou à constatação de uma sofisticada associação criminosa voltada à exploração de jogos de azar. O grupo, de acordo com a PC, utilizava uma empresa de fachada formalmente constituída para simular a instalação de equipamentos supostamente destinados ao acesso à internet, quando na verdade esses dispositivos funcionavam exclusivamente como máquinas de jogos de azar.
Ainda de acordo com a corporação, contratos ideologicamente falsos e notas fiscais referentes a equipamentos de informática eram apresentados a proprietários de estabelecimentos comerciais para legitimar a prática ilícita, enquanto uma rede de pessoas físicas e outras empresas constituídas formalmente servia à circulação de recursos e à dissimulação dos lucros ilegais.
Ao longo de onze meses, a movimentação financeira identificada ultrapassou R$ 20 milhões, evidenciando também indícios de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, além da exploração do jogo de azar. O uso de terceiros e de diversas empresas para ocultar a natureza dos valores obtidos reforçou a complexidade do esquema, que culminou na adoção das medidas cautelares visando cessar as atividades criminosas, recolher novas provas e garantir futura reparação de danos, de acordo com a PC.
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