A Polícia Federal apreendeu dois celulares no freezer na casa do prefeito eleito de Duque de Caxias, Netinho Reis (MDB). Ele é um dos alvos da operação deflagrada nesta sexta-feira (13) contra uma organização criminosa suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro.
Netinho Reis é amigo pessoal de Jair Bolsonaro (PL) e apoiou o ex-presidente em sua tentativa frustrada de reeleição. Netinho tentou esconder os celulares dentro do freezer assim que os agentes da PF chegaram na sua casa.
Dois carros de luxo foram apreendidos em Xerém, em Caxias, na casa de Washington Reis, tio de Netinho e atual secretário Estadual de Transportes do Rio de Janeiro.
A Operação Têmis cumpre 22 mandados de busca e apreensão em São João do Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense. Fernanda Izabel da Costa (MDB), vereadora de Caxias e filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, também está entre os alvos da operação.
O deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que foi candidato à prefeito de São João de Meriti, na Baixada, foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Na casa do agente comunitário Wellington da Rosa, servidor das prefeituras de São João de Meriti e Miguel Pereira, no Centro-Sul fluminense, a PF encontrou uma mala cheia de dinheiro, dividido em maços de R$ 50 e R$ 100.
A PF ainda revelou que um grupo era contratado por políticos em períodos eleitorais para aplicar o golpe do “teatro invisível”. Caracterizados de moradores locais, atores e atrizes abordavam as pessoas na rua e espalhavam informações falsas que favoreciam o político que os contratou ou desfavoreciam os opositores.
A PF teve acesso a um arquivo chamado “Valdecy campanha teatro”, que registra um gasto total de R$ 55 mil por grupo. Os relatórios da polícia listam quantas pessoas foram abordadas e quantas fora.
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