Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, está sendo acusado de estuprar e engravidar uma menor de idade. O caso aconteceu em 2015, enquanto ele ainda estava no poder. Na semana passada, o ex-chefe de Estado realizou um depoimento no departamento Ministério Público em Tarija, localizado na província onde teria ocorrido os crimes.
Segundo informações da CNN, o ex-presidente teria mantido relações sexuais com uma adolescente de 15 anos na época. Inclusive, ela teria sido registrada com o sobrenome do ex-chefe de Estado. Documentos que circulam pela internet mostram que o registro do nome da criança inclui o sobrenome “Morales”.
A promotora de Tarija, Sandra Gutiérrez, ainda pediu a prisão do ex-presidente no dia 26 de setembro. Por isso, ela conta que por isso foi removida do cargo em uma situação que teria sido solicitada por Morales. No entanto, ela foi restituída e acrescentou uma acusação de exploração e tráfico de pessoas.
Por outro lado, o ministro de Governo, Eduardo Del Castillo, disse que não recebeu nenhum mandato de prisão contra o ex-presidente. No entanto, ele garanto que qualquer ordem será cumprida. “Se recebermos um mandato de prisão contra qualquer pessoa, a Polícia tem que cumprir”, garantiu.
Segundo o seu advogado, Nelson Cox, as acusações seriam “mais uma mentira” contra o seu cliente. Além de dizer que a investigação é “ilegal”. A defesa também diz que o caso já foi investigado em 2020 e foi arquivado.
Racha
A situação envolvendo Morales também causou um racha em seu partido, o Movimento ao Socialismo, que também é a mesma sigla do atual presidente Luis Arce. O atual chefe do Executivo garantiu que estará nas presente nas investigações, mas pediu confidencialidade.
“Nosso governo se identifica muito com as crianças e não estamos de acordo com esse tipo de situação. Não pode haver impunidade quando se tem uma investigação que encontre o culpado, seja quem for. Com as crianças não se mexe”, disse Arce, segundo a CNN.
Bloqueio de estradas
Apoiadores do ex-presidente bloquearam estradas nesta quinta-feira, 15, na Bolívia. Segundo a rede de televisão americana ABC, eles bloquearam trechos na capital La Paz, além das cidades de Sucre e Santa Cruz. O Governo da Bolívia tenta contato com Morales para reverter a situação, mas não houve resposta.
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