No cenário em expansão das fintechs no Brasil, essas plataformas financeiras digitais têm se tornado o novo refúgio para dinheiro ilícito, escondendo fortunas de empresários inadimplentes, casas de apostas envolvidas em esquemas de lavagem de dinheiro e até facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo reportagem do Metrópoles.
Investigações recentes mostram que essas fintechs, algumas com operações irregulares, oferecem contas blindadas contra bloqueios judiciais e rastreamento, dificultando o trabalho do Sistema de Busca de Ativos (Sisbajud) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Esse tipo de conta, conhecida como “conta gráfica” ou “conta bolsão”, tem sido utilizada para evitar que saldos sejam encontrados e bloqueados por autoridades. O dinheiro é depositado em contas que não estão vinculadas diretamente aos correntistas, tornando seu rastreamento quase impossível.
Nos últimos meses, operações policiais descobriram e bloquearam quase R$ 18 bilhões escondidos em contas de fintechs. Algumas dessas empresas, com ou sem autorização do Banco Central, estão sob investigação por facilitação ou participação em esquemas de lavagem de dinheiro.
Essas fintechs têm chamado a atenção das autoridades por sua capacidade de ocultar grandes somas de dinheiro, com o uso de sofisticadas ferramentas financeiras, dificultando o trabalho de identificação e bloqueio.
Uma dessas fintechs foi alvo da Operação Concierge, que identificou sua ligação com o financiamento do tráfico de drogas e movimentação de milhões de reais do PCC, ainda conforme o Metrópoles.
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