Uma pesquisa realizada em Goiânia no dia 8 de outubro, com 800 eleitores e focando apenas nos votos válidos (excluindo brancos e nulos), revela que Mabel lidera a corrida com 57,4%, à frente de Rodrigues, que obtém 42%. O levantamento foi encomendado pela TV Atual Record News e registrado na Justiça Eleitoral sob o número GO-09233/2024, apresentando um intervalo de confiança de aproximadamente 95% e uma margem de erro de 3,4 pontos percentuais.
Com a redução das opções no pleito, a pesquisa aponta um redirecionamento nas intenções de voto em Goiânia. Mabel se fortalece com uma coligação de 11 partidos e a expectativa de mais dois se unirem a ele. Em contrapartida, Rodrigues permanece isolado, apoiado por apenas duas siglas: o PL e o NOVO.
Os partidos que apoiam Mabel incluem União Brasil, MDB, Podemos, Avante, Agir, PRD e Republicanos, que já faziam parte da Coligação União Por Goiânia. Recentemente, se juntaram a eles o PP, Solidariedade, PDT e PSD. Dois partidos ainda irão definir o apoio no segundo turno, são eles PSDB e PRTB que deve anunciar a decisão na próxima semana.
Se eleito, Mabel contará com a maioria dos vereadores, visto que todos os partidos que o apoiam elegeram representantes para a próxima legislatura. Até o momento, 26 vereadores fazem parte da base de Mabel. Por outro lado, como o Partido NOVO não conseguiu eleger nenhum candidato, Fred Rodrigues, se for eleito, terá apenas os quatro parlamentares do seu partido.
Interlocutores ligados à campanha de Mabel dizem que a mobilização para a reta final do segundo turno ocorrerá em duas frentes principais. A primeira será uma série de reuniões agendadas para a próxima semana, onde vai haver declarações de apoio de diversos segmentos da sociedade, incluindo sindicatos de trabalhadores e empresários. A segunda frente envolverá o uso de programas eleitorais e debates para evidenciar que Mabel é mais preparado para administrar uma metrópole como Goiânia, dada sua experiência em gestões anteriores.
O apoio das lideranças dos partidos PP, Solidariedade, PDT e PSD não implica um atrelamento partidário, mas sim um respaldo das lideranças. A fonte que conversou com a nossa reportagem menciona a importância do apoio do senador Vanderlan Cardoso, candidato derrotado no primeiro turno: “Vanderlan tem o potencial de trazer mais votos para Mabel, especialmente do segmento evangélico, além de contar com o apoio do deputado federal Ismael Alexandrino e Vilmar Rocha, que são importantes lideranças políticas.”
Dentro da campanha a percepção é que caso Mabel seja eleito, não enfrentará dificuldades para governar, já que tem garantidos pelo menos 23 vereadores em sua base, podendo chegar a 30. “Ele começa com uma governabilidade confortável”, afirma.
Fred Rodrigues, por sua vez, destaca que sua campanha seguirá a mesma linha do primeiro turno, priorizando uma comunicação direta com a população por meio de programas de televisão e encontros presenciais. “Não precisamos inventar nada novo; os eleitores já nos conhecem e sabem que somos a melhor opção para Goiânia”, afirma.
Fred Rodrigues observa que os adversários representam o maior cabo eleitoral do PL. Ele acredita que, apesar de não contar com a maioria dos vereadores ao seu lado durante a campanha, isso não será um obstáculo para sua gestão, pois o cenário pode mudar caso seja eleito. “Campanha é campanha, e administração é administração. Estamos colocando as cartas na mesa e convidando todos que desejam uma gestão voltada ao bem da cidade a se unir a nós. Por isso, não negociamos com partidos, mas com pessoas”, afirma, garantindo que todos os cargos na administração serão distribuídos com base na qualificação, não em indicações ou articulações políticas.
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