Uma greve geral, organizada pela principal central sindical de Israel, paralisou o país nesta segunda-feira, 2, após um fim de semana de protestos contra o governo de Benjamin Netanyahu e sua gestão das negociações para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro.
A paralisação afetou empresas, escolas e o transporte público, com alguns voos no Aeroporto Ben Gurion, o principal de Israel, sendo cancelados. Manifestantes também bloquearam várias estradas em diferentes regiões do país. A greve foi convocada pela central sindical Histadrut, enquanto o governo declarou estar adotando medidas legais para impedir a paralisação, acusando-a de ter motivações políticas.
Peter Lerner, o chefe da divisão internacional da Histadrut, disse em entrevista à BBC que: “A necessidade de unidade, e não de divisão, em nossa sociedade e as exigências para restaurar a segurança do povo de Israel e das pessoas deslocadas internamente aqui em Israel exigiam uma greve geral”.
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No domingo, 1º, dezenas de milhares de pessoas se reuniram em várias cidades após o anúncio da recuperação dos corpos de seis reféns no dia anterior. As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram os corpos como sendo de Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e o sargento-mor Ori Danino. Eles estavam entre as 251 pessoas sequestradas pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro do ano passado.
No domingo, 1º, dezenas de milhares de pessoas se mobilizaram em várias cidades de Israel após o anúncio da recuperação dos corpos de seis reféns, ocorrida no dia anterior.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram as vítimas como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e o sargento-mor Ori Danino. Eles estavam entre as 251 pessoas sequestradas pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro do ano passado.
Israel Katz, o ministro das Relações Exteriores de Israel, afirmou que o país “responderá com força total” depois da recuperação dos corpos. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Katz culpa o Hamas pelas mortes, dizendo que eles foram “brutalmente executados… para instilar medo e tentar fraturar a sociedade israelense”.
O governo brasileiro condenou o assassinato dos seis reféns israelenses. “A notícia reforça a convicção do governo brasileiro sobre a absoluta necessidade de alcançar, com máxima urgência, acordo de cessar-fogo permanente e abrangente, que possibilite a libertação de todos os reféns, assim como prestação de assistência humanitária desimpedida à população da Faixa de Gaza”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O ataque do Hamas de 7 de outubro do ano passado foi o mais mortal da história de Israel. Cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns, das quais 97 continuam desaparecidas.
O Exército israelense respondeu com uma ofensiva terrestre e aérea em Gaza para destruir o Hamas. Mais de 40.738 pessoas foram mortas desde então, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza administrado pelo Hamas, entre os grupos mais afetados estão o de crianças e de idosos. Mais de um milhão de palestinos foram deslocados forçadamente dentro de seu território.
Israel foi condenado no Tribunal Internacional de Haia por crimes de guerra e desrespeito aos direitos humanos. Boicotes e protestos contra o Estado judeu começaram a surgir em todo o mundo desde então. Apesar da pressão internacional, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, segue firme na defesa da nação parceira.
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