De autoria da vereadora Kátia Maria (PT), o projeto de lei que institui o Fórum Goianiense de Mudanças Climáticas está parado na Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Goiânia. A proposta cria uma instância de caráter consultivo vinculado e coordenado pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) para desenvolver estratégias para o enfrentamento de problemas relacionados às mudanças climáticas.
Segundo Kátia, o projeto busca fazer com que Goiânia esteja preparada para eventos climáticos de grandes proporções, como vem acontecendo em outras regiões do Brasil. “Precisamos preparar. Quem está nas margens do mar vai ser afetado por alagamentos, mas quem está em área de cerrado vai ser a seca, as queimadas e a baixa umidade. Nós também precisamos preparar a cidade para isso, tanto que nós estamos vendo que as doenças respiratórias aumentaram de forma significativa, porque isso é efeito das mudanças climáticas que nós estamos tendo”, explicou.
A vereadora explica que o Fórum irá além da Amma, contando com participação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Corpo de Bombeiro, Defesa Civil e universidades “para que possamos ter um planejamento integrado e juntos nós possamos preparar a cidade para diminuir esse impacto das crises ambientais que estamos enfrentando e isso tenha menos impacto para a população”.
A proposta está parada na Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Goiânia, presidida pelo vereador Kleybe Morais (MDB). O Jornal Opção entrou em contato com Kleybe que não respondeu os questionamento até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.
De acordo com o biólogo e doutor em antropologia, Pedro Baima, o fórum deve buscar estratégias aplicáveis pela Prefeitura para que seja feito um plano de governo de pronta implementação. “Quando falamos de mudanças climáticas, falamos de mobilidade, de infraestrutura, de educação e de saúde pública. Então são várias secretarias. O grande objetivo desse fórum vai ser essa arena de debate e construção do plano de mudanças climáticas e também encaminhamentos para as políticas de mudanças”, diz.
“Hoje são vários desafios desde a elaboração de um plano de riscos e vulnerabilidades, que é onde a vamos identificar quais são os pontos de maior vulnerabilidade. E aí são vários aspectos: Enchente, seca extrema, falta d’água, incêndios. Cada elemento desse precisa ser mapeado e identificado os riscos de acontecer”.
Para ele, é importante criar o Fórum por ser o primeiro passo para soluções contra as mudanças climáticas. “Você cria uma agenda onde atores, especialistas no tema vão estar discutindo. A implantação, a elaboração dos projetos, é indicado a partir dali. O plano vai nos mostrar caminhos que a gente deve seguir para nos adaptar e enfrentar as mudanças”, explica Pedro.
“Você tem a equipe de implantação, que é aquela equipe mais operacional, que vai implantar os projetos específicos, sistemas de gestão ambiental, infraestrutura verde, etc. E você tem, obviamente, a partir dos indicadores de políticas públicas, o processo de avaliação. De tempos em tempos esses indicadores nos mostram se a gente tem alcançado as metas que o plano deve trazer, se não, aonde eu devo corrigir”, completa.
Centro-Oeste deve ser uma das regiões mais afetadas economicamente por mudanças climáticas
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