Era adolescente quando foi mutilada, para satisfazer o pai e poder continuar a estudar. Mas na profundidade rural do Quénia, as probabilidades estavam contra si: a comunidade massai ainda pratica, na sua maioria, a mutilação genital feminina. Em alguns casos, a meninas de cinco anos. Kakenya Ntaiya conseguiu, contra todas as expectativas, estudar e escapar a um casamento arranjado. Hoje, ajuda a capacitar meninas e jovens mulheres para também se libertarem das tradições patriarcais. Em entrevista ao Expresso, Kakenya Ntaiya fala do impacto de tudo o que viveu, relata o trauma coletivo da sua comunidade e garante que nada está conquistado em matéria de direitos das mulheres