O episódio, na verdade, é banal. Não pela violência sexual que contém, mas pela familiaridade do método. É a mesma lógica que atravessa séculos, adaptando-se às ferramentas do momento. Quando as mulheres ocupam o espaço público, não se discute o que dizem. Desmonta-se quem são. Questiona-se a sua moral, invade-se a sua intimidade, e transforma-se a sua existência num espetáculo degradante. Este ataque não é acidental, não é um excesso. É o sistema a funcionar na sua plenitude