O sistema eleitoral dos Estados Unidos é um processo complexo e indireto, estruturado em torno do Colégio Eleitoral, o qual desempenha um papel central na escolha do presidente e do vice-presidente. Em vez de eleger diretamente os candidatos, os eleitores votam em delegados (ou “eleitores”) que comprometem seus votos a favor de um candidato específico. Esses delegados, distribuídos de acordo com a população dos estados, somam 538, e para vencer, o candidato precisa conquistar pelo menos 270 votos.
A maioria dos estados adota o sistema “winner takes all”, em que o vencedor de um estado recebe todos os votos do Colégio Eleitoral daquele estado, independentemente da margem de vitória. Apenas dois estados — Maine e Nebraska — adotam um sistema mais proporcional, e os votos são divididos conforme distritos eleitorais específicos.
Nos Estados Unidos, a margem de flutuação de alguns estados como Nova York e Texas é pequena. Afinal, historicamente costumam votar no candidato do Partido Democrata ou no candidato do Partido Republicano. Sendo assim, em um contexto tão polarizado, os estados considerados “pêndulos” ou “swing states”, como Flórida, Pensilvânia e Michigan, desempenham um papel crítico. Isso ocorre pois podem definir o resultado final da eleição ao não possuírem uma inclinação partidária fixa.
As eleições presidenciais de 2024 nos EUA estão sendo monitoradas de perto. Em um cenário de extrema polarização, as campanhas se concentram nesses estados indecisos. E o Colégio Eleitoral permanece um tema de debate, especialmente devido às críticas de que pode não refletir o voto popular. Isso traz à tona questões sobre a representatividade e a justiça do sistema eleitoral dos EUA, que segue como um dos mais debatidos no cenário global.
Os votos nos Estados Unidos são em papel e tem três modalidades:
A votação antecipada permite que o eleitor vote presencialmente ou pelos Correios antes da data estipulada. O objetivo é melhorar a taxa de participação, além de reduzir as filas nos postos.
No dia 5 de novembro acontece a votação presencial, prevista na constituição do país. Esta é a única data fixa para todos os estados dos EUA, visto que as demais regras podem ser diferentes de acordo com as leis de cada estado.
A contagem dos votos de papel é feita por máquinas e controlada pelas autoridades eleitorais de cada um dos colégios eleitorais, o que pode levar algum tempo. Em 2020, por exemplo, a vitória de Joe Biden levou quatro dias para ter confirmação.
Conservadorismo x Progresso: Análise de marketing e política na eleição dos EUA
Washington Post decide que não irá mais manifestar apoio a candidatos à presidência dos EUA
O pobre de direita nos Estados Unidos, Brasil e no mundo
O post Como funcionam as eleições nos Estados Unidos? apareceu primeiro em Jornal Opção.