Um grupo de apoiadores de Evo Morales invadiram um quartel militar , em Villa Tunari, na região de Cochabamba, na Bolívia, e fizeram militares de reféns. O grupo estava armado com bastões de madeira.
Nas redes sociais, vídeos mostram ao menos 10 militares sendo feitos de reféns pelos camponeses. A agência estatal de notícias da Bolívia informou que trabalhadores de saúde também estão entre os aprisionados.
“Cortaram nossa água, nossa luz e nos tomaram como reféns”, diz um militar.
O militar que deu a declaração pede o fim da intervenção aos bloqueios de apoiadores de Morales e clama que seu superior considere o pedido.
“A vida de todos os meus instrutores e dos meus soldados está em perigo (…) por favor, meu general, solicito que considere. Estamos pais, filhos, irmãos, famílias inteiras aqui”, diz.
De acordo com a presidência da Bolívia, os militares ainda não foram libertos. Um outro quartel, em Cochabamba, também foi cercado por simpatizantes de Evo.
Segundo a agência estatal, a invasão é resposta às operações do governo de Luis Arce para dissolver os bloqueios de estrada que vêm sendo realizados há cerca de 20 dias por apoiadores de Morales.
O ministro da Defesa da Bolívia, Edmundo Novillo, afirmou que “a paciência e a tolerância têm limites” e que o governo se viu na obrigação de “tomar ações institucionais garantindo a livre circulação”.
Os protestos acontecem contra a possível prisão de Evo Morales. Ele é investigado por supostas relações sexuais com uma menor de idade. Morales diz estar sendo perseguido por Arce, ex-aliado, com quem tem um confronto aberto.
O post Militantes pró-Evo Morales invadem quartel e fazem militares de reféns, na Bolívia apareceu primeiro em Jornal Opção.
