O delegado ambiental Luziano Carvalho lamentou o incêndio que ocorreu na quarta-feira, 2, na gameleira histórica na Avenida Araguaia. Segundo o titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o caso será investigado. Ele contou para o Jornal Opção que esteve no local nesta sexta-feira, 4, na parte da manhã para iniciar os trabalhos.
“É um crime ambiental, precisamos saber a origem porque já ocorreram situação semelhantes e que foram apuradas até localizarmos o autor”, conta Carvalho, após confirmar que a Dema investigará o caso. “São danos irreversíveis. Mesmo plantando outra gameleira no mesmo local, ela ainda demorará muitos anos para crescer”, lamenta.
Segundo o titular da Dema, esses incêndios podem ocorrer de forma criminosa ou até mesmo acidental. “Às vezes, uma pessoa está fumando e cai uma faísca que inicia o fogo no local. Pode ser iniciado também por alguém que queimou lixo próximo à árvore ou até mesmo criminoso por pessoas que tenham interesse na derrubada da gameleira”, explica.
Com a remoção confirmada pela Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (AMMA), Carvalho lamenta a falta de valorização pelas gameleiras. Segundo o delegado ambiental, as árvores históricas do munícipio só são valorizadas quando são queimadas. Ele destaca que esses exemplares são centenárias, além de um patrimônio para a capital goiana.
“Agora é lamentável também que essas gameleiras de Goiânia sejam valorizadas depois que são queimadas. As pessoas não sabem o valor de uma árvore como essa, o valor da natureza, elas só dão valor depois que perdem. São árvores centenárias que representam muito para a história da cidade”, queixa Carvalho, ressaltando que esse não foi primeiro incêndio de uma gameleira histórica no município.
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