Getúlio Vargas, uma das figuras mais emblemáticas e controversas da história do Brasil, morreu em 24 de agosto de 1954, 70 anos atrás. Sua morte foi resultado de um suicídio, ocorrido no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, onde ele residia como Presidente da República.
Vargas tirou a própria vida com um tiro no coração, usando um revólver que mantinha em seus aposentos. Esse ato extremo foi motivado por uma crise política que o país atravessava na época. O presidente enfrentava crescente pressão de setores militares, políticos opositores e da mídia, especialmente após a revelação de um atentado frustrado contra o jornalista Carlos Lacerda, um dos seus maiores críticos. A situação política se deteriorou rapidamente, com demandas para que ele renunciasse à presidência.
O então presidente esteve em Goiânia em julho de 1940, quase três anos depois da fundação de Goiânia. Vargas desembarcou no antigo Aeródromo de Goiânia, que ficava localizado no final da Avenida Tocantins, no setor Aeroporto. A visita foi simbólica na época, pois o presidente declarou que aquele era o “início da marcha para o Oeste”.
O fundador de Goiânia e governador do estado, Pedro Ludovico, era aliado de primeira hora de Vargas. A relação era mútua e estratégica na época. Ele se destacou como um dos principais aliados de Vargas durante o período do governo provisório (1930-1934) e posteriormente durante o Estado Novo (1937-1945).
Pedro Ludovico apoiou a Revolução de 1930, que levou Vargas ao poder, e foi nomeado interventor federal em Goiás pelo presidente no mesmo ano. Essa nomeação foi crucial, pois Pedro Ludovico era visto como um líder capaz de implementar as reformas que Vargas desejava em Goiás, alinhando o estado com as políticas nacionais do novo governo.
A relação entre os dois líderes era de colaboração estreita, com Vargas apoiando os projetos de Ludovico em Goiás, inclusive a fundação de Goiânia, que se tornou um símbolo do desenvolvimento do Centro-Oeste e do Brasil moderno que Vargas buscava construir.
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