Em meio à crise política no Progressistas (PP) em Goiânia, o advogado da executiva metropolitana, Felipe Neiva, aponta que há o risco coação eleitoral e obstrução de Justiça por parte do deputado federal Adriano do Baldy (PP). Segundo o advogado, essa situação pode atrapalhar o processo que analisa a aliança com o Partido Social Democrático (PSD).
Neiva conta que encaminhou para o Ministério Público Eleitoral (MPE) uma pedido para investigar reuniões que o deputado federal realiza com membros da comissão executiva. Segundo o advogado, o documento foi encaminhado no domingo, 18, e ressaltou que o MPE não autorizou a divulgação de informações do processo, já que ele correrá em sigilo.
“Anteontem, recebemos informações de que um candidato de interesse do Adriano estava se reunindo com outros candidatos e membros da comissão executiva, conversando em separado com o Adriano em seu escritório político. Suspeitamos que estivesse tentando atrapalhar o processo, embora não soubéssemos exatamente o que ocorreu”, relata Neiva.
Segundo o advogado, após tomar conhecimento sobre a situação, a decisão foi comunicar o MPE imediatamente. Adriano está à frente dos interesses do diretório estadual, ele que assumiu a presidência metropolitana, destituiu pessoas e tomou a frente. Acreditamos que a sua conduta poderia ser uma tentativa de obstrução e coação eleitoral”, elucida.
Caso seja comprovada a tentativa de coação eleitoral e obstrução de Justiça, Neiva explica que pode haver até uma investigação policial e penal, com a possibilidade de perda de mandato. Inclusive, medidas como busca e apreensão e quebra de sigilo telefônico, entre outras também podem ser tomadas.
Dessa forma, o advogado do PP metropolitano acredita na manutenção da aliança com o PSD para as eleições municipais. Da mesma forma, Paulo Daher (PP) também deve ser mantido como vice da chapa do senador Vanderlan Cardoso (PSD). Entretanto, há a possibilidade de recorrer por parte daqueles que apoiam o candidato Sandro Mabel (UB).
O Jornal Opção tentou entrar em contato com o deputado federal Adriano do Baldy, mas não houve respostas. O canal segue aberto.
Atual presidente municipal, Daher, virou o centro de uma polêmica após articular um acordo com o PSD, no qual seria o vice de Mabel. A situação causou revolta no diretório estadual porque o plano do partido era apoiar Mabel, candidato da base do Governo estadual.
Por conta dessa situação, o PP teve duas Atas de Convenções Municipais, uma com apoio de cada candidato. Entretanto, o MPE deu um parecer favorável apenas para primeira, a de Daher que apoia Vanderlan. O outro documento foi desconsiderado pela decisão, assim como a decisão de afastar o presidente municipal da legenda.
A comissão executiva do PP pretende votar hoje a destituição de Daher do cargo de presidente municipal da sigla. Entretanto, Neiva relata que qualquer decisão de desfavorável ao atual líder municipal.
“Acreditamos que qualquer decisão de destituição ou expulsão baseada em argumentos que já foram refutados pela justiça será nula. Não há suporte para esses argumentos, e punir alguém por algo que nunca existiu não terá efeito legal”, explica o representante legal.
Lembrando que anteriormente, Daher havia entrado com um mandado de segurança para permanecer no cargo de presidente metropolitano.
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