Dezenas de motociclistas que trabalham por app se reuniram pelas ruas de Salvador nesta segunda-feira (30) para protestar reclamando da apreensão de motos, o que impede que eles atuem. Eles dizem que a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) não tem permitido o transporte de passageiros por apps nas motos e pedem a regulamentação da atividade.
O protesto iniciou na Avenida Tancredo Neves e outros profissionais se juntaram ao longo do caminho. A manifestação teve algumas paradas, como em frente à Estação Rodoviária. O trânsito no local ficou congestionado na manhã desta segunda-feira (30).
Logo após a rodoviária, os mototaxistas se deslocaram para o Centro da capital baiana. O protesto chegou na Praça Municipal, em frente à Prefeitura de Salvador e à Câmara Municipal. No local, eles reclamam de estarem sendo considerados motoboys clandestinos.
Ao CORREIO, a Uber informou que na modalidade moto, os parceiros do aplicativo realizam transporte privado individual em motocicletas, atividade prevista na Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/2012). É comum que a atividade seja desempenhada com automóveis, mas isso não significa que este seja o único modal permitido. Entretanto, na capital baiana, a situação é diferente.
"Em Salvador, atualmente não há nenhuma regulamentação sobre o transporte privado individual de passageiros em motocicletas e, por isso, não há base legal que justifique multas ou apreensões de motocicletas. O Uber Moto está disponível em Salvador desde julho de 2021", explica a empresa.
A reportagem também entrou em contato com a Semob, mas até a publicação da matéria, não houve retorno. O espaço continua aberto.
