"O final de uma história deve ser, ao mesmo tempo, surpreendente e inevitável". A frase, atribuída à escritora Flannery O?connor, me vem à cabeça toda vez que me pergunto se o Brasil acabou. Os últimos anos têm sido um pêndulo entre o assombro com a realidade macabra e a constatação do óbvio ululante: pelo caminho trilhado, não poderíamos ter chegado a outro destino.
Milicianos no Planalto são o final surpreendente e inevitável da nossa história.
A morte a pauladas de Moïse Kabagambe também. Surpreendentes e inevitáveis são as enchentes país afora,
os mais de 630 mil mortos pela joint venture entre coronavírus & Governo Federal, as queimadas, pessoas comendo lixo ao lado do touro dourado. Como disse Nelson Rodrigues, "Subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos".
Leia mais (02/05/2022 - 11h17)