Comida representou 60% da inflação dos mais pobres, aponta pesquisa
Estudos publicados nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), constatou que aqueles que possuem renda menor foram os mais prejudicados com a alta dos alimentos no mês de outubro. Os dados mostram que a alimentação foi responsável por 60% do indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda.
Na prática, isso significa que as famílias com renda muito baixa acumularam 3,53% da inflação em 2020 e 5,33% nos últimos 12 meses. Já pessoas consideradas de alta renda se beneficiaram da baixa de serviços (passagens aéreas, gasolina e transporte por aplicativo) e acumulam 1,04% de inflação para 2020, e 2,48% nos últimos 12 meses.
A análise mostrou que os alimentos que tiveram maior peso inflacionário na renda dos mais pobres para outubro foram: arroz (13,4%), batata (17%), tomate (18,7%), óleo de soja (17,4%) e carnes (4,3%).
Em contrapartida, os serviços que mais tiveram queda em benefício dos mais ricos foram: passagens aéreas (-37,3%), transporte por aplicativo (-22,7%), seguro de automóvel (-9,9%) e gasolina (-3,3%).
Para a realização da pesquisa, foram analisados os parâmetros financeiros de seis grupos de renda familiar, categorizados da seguinte forma: muito baixa (menor que R$ 1.650,50), baixa (entre R$ 1.650,50 e R$ 2471,09), média-baixa (de R$ 2.471,09 a R$ 4.127,41), média (de R$ 4.127,41 a R$ 8.254,83), média alta (de R$ 8.254,83 a R$ 16.509,66) e alta (acima de R$ 16.509,66).
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